sábado, 22 de julho de 2017

Conversa comigo mesmo







Cai, cai, primavera, quão solitária é a saudade e bela com suas folhas espalhadas pelo asfalto, devaneios da imaginária amada, você seria "ninguém", eu seria "nenhum", há bastante em comum no vazio do quarto da garota e a garoa de uma manhã triste em São Paulo, um grito histérico de uma janela de apartamento, "Chega de amor genérico", fodam-se as contra indicações, não é mera frescura, eu ainda creio que para mim há cura, eu sou tipo um hipocondríaco com estranhas palpitações no peito, sozinho e sem jeito, sonhando em como poderia ser legal nós dois, mas é que eu ainda nem te conheço, essa é a parte que sempre esqueço, verdade seja dita, viver é um risco, a tímida única lágrima no olho e aquela velha desculpa do cisco...

Nenhum comentário:

Postar um comentário