Por onde andei? Por onde andei? Por entre estrofes e catastrofes do coração, extra, extra, no desprezo de sorrisos astutos, solitário à beira de viadutos em noites de sextas, entre palavras não compreendidas, como declarações feitas em consoantes, valsando o som da despedida entre avenidas e desconhecidos rostos translúcidos aos volantes, lembrei, disseste que meus olhos não te podiam alcançar, mas quando minh'alma gemeu, não, não estavas lá, não, não me viste cambaleante entre versos tristes de poemas ébrios, nem imaginas o clamor do meu peito pela paz interior na qual me deixaste quase que totalmente desprovido, um miserável, um desaparecido, ah, moça, tão, tão ocupada pensando nas tuas pérfidas paixões adolescentes e toda vez ante minhas pobres tentativas de bem querer que vagamente dizia "Eu sei", como terias sensibilidade pra saber em que lugares ermos da cidade eu andei?!
sexta-feira, 31 de maio de 2019
quarta-feira, 29 de maio de 2019
E o tempo que (se en)carregue!
domingo, 26 de maio de 2019
Celebrando alívios...
E eis que os domingos se multiplicam e vou deixando de olhar para o que fica, quanto penar até chegar ao estágio mais leve do mero vazio, eu clamei pra sentir-me apenas vazio, esperas e medos se foram, elevo preces pelos que ainda choram, aos espíritos fadigados de olhos úmidos semicerrados, alívio, agora volto a pedir pelor amor no meu caminho, ó, Deus, um amor que não me mate, nem tampouco maltrate, que não seja por questão de instantes, nós dois, uma rede armada de uma extremidade à outra da lua minguante...
sexta-feira, 24 de maio de 2019
Inexistindo
Havia um muro, entre o amor e eu havia um muro, sorrindo aqui do meu canto escuro da vida, insana e tristemente dançando sob a chuva de lembranças, amor, hoje te renomeei "escroto", eu sou um estranho encolhendo de tamanho, flutuando numa folha seca pelo rio que corre no meio fio em direção ao esgoto, sumi afim da doce prática da gratidão da cura divina através do tempo, dias viram meses e não serás lembrada mais do que um mero contratempo...
quinta-feira, 16 de maio de 2019
Minúsculo e encolhendo
No âmago do meu isolamento, cá estou sentado no meu planetoide, eu vejo tudo ao longe, bem querências, acolhimentos, daqui eu vejo gente sendo convidada para outros mundos e lembro de quanta indiferença tive no caminho, tristes passagens, ontem eu sonhei com estranhas paisagens e pessoas diferentes, em determinado ponto me deparei com um olhar que parecia me compreender, mas quando quis me aproximar, eis que a vista começa a escurecer, era meu olho abrindo na penumbra da madrugada, era a enfadonha tarefa de voltar à realidade do perfeito "nada", de volta ao espaço, a lembrança do cheiro bom de flores da terra, no bolso aquela última 3x4 tua que agora me desfaço, caio em si, volto a me conformar com o que a vida não tem pra mim...
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