domingo, 30 de dezembro de 2018

E o ano (descom) passou pro Charlie Brown...





E assim como de praxe, o amargo predomino onde brevemente fora doce, que saudade da incompreensão da infância, outra vez a entrada da "terra prometida" vista à distância; a cidade festiva, novamente o sorriso efusivo do mundo vai doer, olha que dia tão ensolaradamente bonito e eu acho que aqui dentro vai chover, outro dia um grande amigo me disse "lindo" sobre o meu interior e eu diria à ele com todo amor o quanto dói ser "lindo" sem ser visto, bem, acabei lembrando do "fã" que matou Lennon e dispenso focos em demasia, ah, deixa, ainda que dois ou três, lindo, lindo mesmo é ter amigos, no último natal, em mais um rolé solitário de bike eu vi aquele moço sentado à beira de um viaduto, um frio correu a espinha, me vi perfeitamente naquela situação, a angústia do dia seguinte após o "não" da noite anterior, oh, o ano que vem, cerrei os punhos, desisti dos cortes nos pulsos, uma lágrima quis escorrer, não, de tristeza é que não vou morrer e se me for permitido, ano que vem serei ainda mais vorazmente Charlie Brown e apesar da má sorte que tanto me ama, enquanto a morte não vem, meu peito sente a velha dor de ser assim tão diferente...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Demônio...






Energias contrárias ao redor dos que ardentemente esperam dias amenos, de tantos, tantos "Pelo menos" foi que entendi que tão cedo o céu não teria tal descanso pra mim; senti, por um breve período eu juro que senti, era um estado de graça, ah, aquela paz de estar fora do "radar", e ele, incansável à me procurar, ó quão grande era sua inquietação, me viu assobiar, me viu sorrir e teve o ego maltratado, minha paz era uma espécie de "fardo", tão árduo era o caminho que levava à estrada da tranquilidade, ah, cara, eu juro que por questão de instantes me vi pacificamente só pela cidade, aquilo parecia sonho, mas insistente, enfim sorriu ao me ver novamente intranquilo...demônio.