quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Vácuo...



Andanças, ardor, em nossas árduas vãs esperanças de amor e proximidades meros tolos somos em meio à solidão da cidade; te julguei "doce", te julguei " simples" e tão fria e silenciosamente me convenceste que eu não passava de um "simplório" violentamente equivocado, uns três ou quatro anos te imaginando ao lado, uns três ou quatro anos te olhando à distância e a fragrância da tua alma nunca chegara de fato ao meu jardim desolado, ora invisível, ora ignorado, ai de mim colorindo alguém tão insistentemente "cinza", meu sorrir agora melhor rima com "desistir", lembranças tuas, tristes danças no fundo do meu olhar conformado, te abençoei com a minha inexistência, te abençoei com a minha não insistência, hoje eu tomei um Tylenol com um bom gole de "Semancol" e da tua pessoa me pus a distanciar no retrovisor do teu veículo seletivo, coletivo, meu ônibus espacial já vem lá, hoje eu escolhi te dar um sumiço no vácuo do vasto espaço da minh'alma, hoje eu escolhi deixar de acreditar...