domingo, 24 de fevereiro de 2019

Tristes tempos de inferno invernal....








Ao longo da estrada ouve-se "A vida é estranha, a vida não presta!", ainda que me sinta um verdadeiro "nada", ainda assim digo que a vida é boa, o nosso desamor próprio é que tira todo o sabor que a natureza dá ao nosso coração, a graça dos raios solares na pele e faz da chuva inimiga que fere com cruéis nostalgias, independente do cima, o dia continua lindo lá fora, feio mesmo está o meu interior, as janelas da alma anuviadas pela umidade do peito, olho em volta e tantos vejo em busca do "perfeito", eles têm de sobra o que metade não tenho, estou revirando suas latas de lixo afim de aproveitar os restos do teu tanto ter e pouco sentir, um pedinte, um palhaço, as lembranças doem e sem ouvintes, tristemente sorrindo, mendigando abraços...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Je ne comprend pas




Escancaradas janelas da alma, chuva fina escorre pelos cantos da pupila, ó quão dura é a procura da alma quando o maldito coração oscila! Há momentos que pareço um gigante, tal qual as nuvens, a proximidade do céu, mas de tão peito aberto como já estivesse liberto, de repente me vejo assim, um perdido encarado uma lua tão distante sem saber, nem ter pra onde ir, quando eu decidi partir ela me fez ficar, quando achei que enfim seria e desisti de ir embora foi quando estranhamente ela se foi, digo "oi" à tristeza e chamo pra conversar, quantas vezes hei de repetir quão estranha é a vida para ela então "desestranhar"?!?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Rimas sussurradas






Um ego ferido pede desforra, eles dizem pra esquecer, eles sabem o que é melhor pra mim, mas a verdade é que o saber é inferior ao sentir e aqui estou a desacostumar, tua voz ainda constantemente na minha mente e várias frases do coração que agora vem como contradição, muitos não sabem, você não era assim e como dói convir, antes do trágico, em nossa doce simplicidade, nós éramos simplesmente mágicos; penso em coisas que poderia ter dito, penso em coisas que deveria não ter deixado sair pela boca, penso em ser mais atencioso, mas acabo tristemente caindo em si que não posso pensar numa possível "próxima vez", delicado é o processo de cura e pensar em ti me traz uma cruel ternura, uma vontade gritante de abraçar e fazer diferente, mas é só coisa da mente, não consigo te desejar nem o pior, nem o melhor, mas minto se disser que não penso em perdão, você segue em sua nova escolha e eu preso numa bolha de solidão, vagando pela cidade, eles me aconselham à distância, eles agora te odeiam e meu peito sussurra "saudade"...