terça-feira, 29 de setembro de 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

domingo, 20 de setembro de 2015

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Diários de barba




Aquele ali sou eu acordando sem graça,
a beleza do sol lá fora através da janela
me despedaça, me sinto tão sozinho, no 
vizinho o som bem alto, toca "Almanaque" 
de Chico Buarque, aqui dentro a coisa tá
braba, "Me responde, por favor, pra onde
vai o meu amor quando o amor acaba", uma
saudade imensa dos tempos de inocência,
é, eu sabia que um dia acabaria, não foi por
falta de avisos, meu reino por boas horas de 
silêncio, tornar à levantar porque desacostumar
do teu rosto é preciso, quem nessa vida não
gostaria de viver um conto que nunca acabasse,
o amor da minha vida voltou à não ter face, de volta
à velha silhueta, eita, pobre, pobre de mim sem
nunca desacreditar, minha fé no amor é uma verdadeira
prisão, bem, eu ainda tenho as músicas favoritas e até
o lugar escolhido pra ocasião, Deus, tenha piedade da
hirsuta barba deste miserável filho da puta, minha vida
se resume à sentir falta, falta de atenções, falta de boas
intenções, falta mesmo só você aparecer...

domingo, 13 de setembro de 2015

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Eu é que sei






Eu realmente pensei que desta vez valeria à pena
mas era apenas "pena"; esmolas sentimentais, ecos 
de tantos "ais",  níqueis no bolso do que pensei ser amor, 
resta aquela velha dor interior, me chamam de "legal", me
chamam "gente fina" no âmago do embaraço refletido no fundo 
dos olhares  em minha direção na infeliz tentativa de não admitir 
que estar só sempre foi minha sina, eu é que sei das minhas noites
de sábado, não sou do tipo estúpido que se embriaga, também não
sou como aquele outro, me afogo no mar de Calcanhoto, a melancolia
invade meu peito escancarado, desprezado, doído, eu é que sei o que
passei sem ter com quem falar da primeira vez que o sentimento me
foi subtraído!
 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

domingo, 6 de setembro de 2015

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O florista e a garçonete




Tem gente com bastante e
querendo mais, tem gente que
após um dia de jornada só almeja
voltar pra casa em paz, no mundo
dos prósperos bem-aventurados pedimos
licença pra passar, o mar visto da janela do
ônibus, o sorriso do motorista, enfim uma
gorjeta, a garçonete e o florista, gente simples,
almas simplórias de sonhos comuns em comum,
pra cada dia sua própria glória, pequenos suburbanos,
entra ano, sai ano e ninguém pra amar, cansada a garçonete
caminha vagarosamente pela calçada, do outro lado o florista
segue sozinho, um tipo calmo, um bom vizinho, ambos sem par
afim de um dia ser bem de alguém, ainda não sabem mas os rejeitados
um dia serão namorados...

terça-feira, 1 de setembro de 2015