segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

É a vida...





A cada dia meu mundo enfeia enquanto lá fora 
mais uma rosa desabrochou, hoje o azul celeste
não me achou, as paredes do quarto se comprimem, 
solidão, claustrofóbica solidão, meus olhos mal abri,
a tristeza me alcançou na velocidade do bater das asas
de um colibri, ontem tive sonhos de simplicidade, acordei
em uma cidade quase toda colorida, mas é que o arco íris
de largo passou lá de casa, bem, é a vida...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Eu simplesmente soube, cara....







Dia após dia, tempos e tempos sem cor e meses tornaram-se anos nessa letargia à espera do grande amor; o pneu da bicicleta, os ponteiros do relógio, o mundo, tudo, tudo gira, no meu caso o universo quase nunca conspira, ah, quantas pessoas me deparei com suas colunas eretas 
em posturas de autoconfiança e nesses desatinos das andanças, por tantas vezes esqueci que "o destino sempre me quis só", parecia utopia, sabe, querer, mas foi num entardecer, estranhos rostos
na estação de trem, desconhecidos vencidos contemplavam a bucólica paisagem amarela passando ligeiro nas janelas e era eu, então, só mais um passageiro pra lugar nenhum, ali já tão, tão distante da cidade, foi quando senti um conforto surpreendente no coração, algo bem fora de previsão, foi à beira da desistência que enfim fui achado pela...reciprocidade.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Eu disse ao vento






Nesse exato momento, lamentos...histórias chegando ao fim, assim como tem gente feliz com recentes segredos inocentes, no âmago das muitas voltas com a amargura já pensei muitas vezes nessa vida que há um plano bizarro que tem como pano de fundo os desafortunados do mundo; já andei cabisbaixo demais pela cidade com essa estranha relação de afeto com a negatividade e nostalgia, agora pouco importa se a sorte me esqueceu, cara, já andei só demais, agora anoiteceu, me deito e me deleito com a ingenuidade do sorriso das crianças que vi durante o dia e então durmo em paz...

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Olhares ao redor





E depois de uma noite de efusiva alegria, melancolia...rostos fatigados ao longo da estrada da qual há muito sou andarilho, há muito tempo atrás fui "filho", hoje não mais, hoje sou só um "caroneiro" viajante, e a vida, um estranho veículo com a silhueta de um desconhecido ao volante, porra, eu realmente não sei pra onde estou indo, mas não tenho o privilégio de ficar parado, que é pra não ser alcançado...por mim mesmo, cada vez que eu me perco, me encontro, cada vez que penso ter me encontrado é quando mais perdido estou, a simplicidade segue pela cidade, o "complicado" nos persegue, mas nós temos a graça de vários cenários pra admirar e engrandecer-nos interiormente para que "existencialismos" e afins não consumam nossas mentes até o fim....