quarta-feira, 29 de junho de 2022

Same...


Se não grito, calo, falo como digito, digito como falo, assim eu sou assim pessoalmente, não existe um personagem virtual diferente daquele que porventura por aí possas encontrar, solitário e difícil de se relacionar, top 3 dos meus absolutos "Nãos": No meu peito não acharás plena certeza, meus gostos não cabem numa playlist e não existe foto minha tendo à mão a tal cerveja, não me encaixo em teoria, nem tampouco ciência exata, não, cara, eu não odeio gente, só não suporto gente chata, daí então você me chama "chato!" e eu admito e aceito a condição de estar longe do que te chama atenção, ante teus amigos e amores "bacanas", aqui glamour barato, réé, deixei de me esforçar pra ser compreendido, sujeito inexistente na frase do teu fim de semana, me resta rodopiar entre tantos panacas interessantes e outros tantos fãs do "mito", personagens, personagens, e eu aqui digito como falo, falo como digito...

terça-feira, 10 de maio de 2022

Interno inverno...



Sob efeito do inverno, cá sem mais surpresas ou espantos, eu até poderia tentar outra vez, mas estou tão frio quanto, eu sou um cronista de chinelo e bermuda, bem, eu lembraria dela se não tivesse ativado o modo "filho da puta", meio invisível, meio inexistente e nada insistente, as minhas derrotas declaro ao mínimo som do "ene de não", sempre fui e ainda assim sou, prefiro estar morto a meramente esquecido à quem na verdade nunca me enxergou pelo preconceito de ao menos olhar e só então dar seu veredito, gente que "conhece" alguém pelo que se tem ou não, tsc, ah, então esqueçamos, mais nobres e leais são os animais, maconheiros são legais, beberrões letais, matam vibes ou nos matam no asfalto, avistei uma poça e corri pra dar um salto de felicidade por não ser eterno numa merda de cidade e mundo mau, me chamam "estranho", me chamam "anormal" e mesmo assim escrevi...sob efeito do inverno...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Ode à minha rede...


Bendito lugar onde reclina-se a cabeça e o corpo desfalece, vejam os afortunados com certa dificuldade pra adormecer de tão eufóricos e os tristes do mundo com medo de acordar de seus sonhos utópicos, desolados tempos aqueles em que mal erguia as pálpebras e já a solidão e o vazio estavam à beira do leito à minha espera, não pensar naquela época? Ah,quem dera! E vinha o sol e então o sol se ia, a tarde me esmagava, tal qual  a noite quando caía, tempos que vivia soterrado pelo dia até sentir novamente o vigor pra poder enfim levantar, voltei à fome regular e à importância de matar a sede, seja pra dar risada de mim mesmo, seja para prantear, meu divã mais confiável, pela graça de Deus, ah, minha rede, bendito lugar...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Divina insanidade....


Tristonhos olhos de visão turva em meio à um mundo sem cores, enquanto em seus vasos flores e plantas celebram a chuva, ah, os seres humanos e seus devidos dissabores, tanta gente nesse momento "nublando" por dentro, almas em verdadeiros temporais, pranteando, lamentando suas faltas e aquele louco de espessa barba pelas poças assobia e valsa, do nada sorri coração, perdas, perdas tantas, e o "são" chora enquanto o louco comera o frescor da vida que nem as flores e plantas...

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Sou tudo aquilo que me definem e vivendo o contrário...


Ó, sagrada e cálida varanda, na escuridão do céu noturno estrelas numa triste ciranda e a menina insone tem fome, mas não encontra conforto na geladeira, pois faminta de amores está e longe de sentir-se inteira; um grito silencioso ecoa pela cidade audível apenas ao coração e o que se ouve nesse instante é "saudade!", em outra parte bem distante cá estou a ouvir ecos do passado, vagos sorrisos e duros "nãos", um lunático no mundo de tantos sãos, dispensável, facilmente esquecível e os poucos que ainda lembram deram-me por desaparecido, agora intencionalmente na minha prisão sem muros, um estranho, um poeta obscuro, um interno na ala dos vencidos...