terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Sou tudo aquilo que me definem e vivendo o contrário...


Ó, sagrada e cálida varanda, na escuridão do céu noturno estrelas numa triste ciranda e a menina insone tem fome, mas não encontra conforto na geladeira, pois faminta de amores está e longe de sentir-se inteira; um grito silencioso ecoa pela cidade audível apenas ao coração e o que se ouve nesse instante é "saudade!", em outra parte bem distante cá estou a ouvir ecos do passado, vagos sorrisos e duros "nãos", um lunático no mundo de tantos sãos, dispensável, facilmente esquecível e os poucos que ainda lembram deram-me por desaparecido, agora intencionalmente na minha prisão sem muros, um estranho, um poeta obscuro, um interno na ala dos vencidos...

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