terça-feira, 31 de outubro de 2017

Sorrir sem






Planos, planos, planos que não faço, nem faço parte, acho que meu destino é ser aquele "loser" que parte sem ninguém nos finais dos filmes, noite alta, o blues do som da gaita e a gratidão de não sentir mais aquela baita falta, Lucy ali no céu com os diamantes, e eu nasci pra ser um mísero coadjuvante, solidão até aonde a vista alcança, expectativa, desilusão, e tendo superado tudo, calmamente mudo, o coração enfim descansa...

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Outras rimas, outros rumos






Outra vez o fim do dia, com o passar do tempo a frustração se converte em sabedoria, a beleza forçada"enfeiando" à medida que envelhece e a pretensiosa certeza por fim desaparece; meu olhar em par com a rebeldia dos teus cabelos em movimento frente ao mar, teu sorrir despreocupado, despretensioso na veracidade da tua simplicidade elegeu-me o dito amante, com uma estrada de amor à perder de vista sob pés outrora fatigados de desesperanças, renovadas forças para retomar as andanças, e assim fizeste da alegria a protagonista do filme da minha vida e a porra da solidão mera coadjuvante, sem foco, quase que totalmente esquecida...

 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Triste como meus ídolos...








Eu sou o palhaço "fracasso" em plena segunda feira, eis o abismo de mim e cá estou à beira, ó, dia perverso, treinei, tentei, mas não tive sucesso em mais uma tentativa de esquecer o som da tua voz, vontade, mortal vontade de estar a sós sob a claridade da lua refletida no teu globo ocular, disfarça, acho que vou chorar, pois a vida vai perdendo a graça, o tempo passa e a gente se convence cada vez mais que não vence, rumos, rimas e afins, "Todo dia parece domingo", tristemente cantou aquele menino franzino com o ramalhete de flores no bolso traseiro do jeans...

domingo, 1 de outubro de 2017

De instante em instante some!







A graça dos teus movimentos nos momentos mais desengonçados, meu filme cult, meu chá de camomila, as antigas lentes das minhas pupilas te filmaram indo embora há cerca de 1 hora atrás, o ônibus se afastando, a melancolia se aproximando com a falta da tua gentileza, volta a incerteza, vem cá e pega a minha mão e leve-me pra bem longe da terra dos "não's" porque na terra do Nunca a gente voa e é feliz, penso no formato do teu nariz, meus lábios tremem, Deus, como é linda tua imperfeição, meu doce sonho sem previsão, o teto da noite feito vazio à perder de vista, olho pra cima, quantas rimas sofridas para que enfim sejas minha querida?