segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

"Novo" ano, vazios de praxe...


E então o último dia de mais um péssimo ano, versos do poeta suburbano, de "afortunado" sou perfeito antônimo, aquele usual platônico em suas solitárias "pedalanças", ó, tênue esperança, mesmo não gostando muito da tua pessoa, quanto mais longe do teu campo de visão mais meu olho por ti se afeiçoa, viajo, piro no teu cabelo, teu beijo, a tara de um dia tê-lo, oxalá, um dia quem sabe, ai, Deus, ser feliz antes que a porra deste mundo acabe, hoje vagamente vivo em alguns resquícios de memórias, te vejo como uma rainha e por ti sou contado d'entre a "escória" dos que não merecem tua devida atenção, eu sou aquela mensagem ignorada, pré visualizada na barra de notificação, quando enfim tomei coragem pra te ver, na metade do caminho me vi desperto de um transe perguntando ao meu reflexo na poça de chuva por quê aqui vim, o ano todo, todo ano inteira e internamente inverno em mim e você sempre entre primavera e verão, teu rosto colado ao meu, será que um dia meus agraciados olhos verão? Eu sou o asfalto úmido, a velha árvore com suas já descoloridas folhas, orvalho, um otário à espera daquele raro abraço que acolha...