segunda-feira, 30 de abril de 2018
O abraço mais honesto...
Vozes sem rosto, involuntariamente ouço estranhos e me sinto um tanto indisposto, um vazio sem tamanho, aquela velha solidão em meio à multidão, eu vejo a vida em movimento, nada parece me dizer respeito, tudo parece passar através de mim, um fantasma visível vivendo mais um ano previsível; pela cidade, a quase que constante falta de paz, aqui jaz a tranquilidade, mas em meu vagar, de repente senti a mudança de ares, uma leveza de brisa, o azul do céu me avisa, eis ali o lindo mar, eu quero descarregar todo o peso do meu nada e voltar pra casa com asas renovadas de imaginação, eu quero voltar à me amar, eu quero o abraço acolhedor desse nobre ancião, o mar...
sexta-feira, 27 de abril de 2018
Vivo, ainda vivo!
domingo, 22 de abril de 2018
A cada volta tua...
A graça da sensibilidade de enxergar beleza nas coisas gratuitas da cidade, hoje acordei sem, deixei não sei aonde, corpos, corpos longe e só, a visão panorâmica da solidão a pairar sobre nós, distintos distantes, o sabor das cores, o som das flores e esse estranho plano de subtrair sensações, incessantes tentativas de inibir corações, sim, quanto mais se aproxima o sol sobre mim desanima; antigamente doía lembrar, agora melhor entendo saudade, não sinto mais como fosse sucumbir, talvez demore um pouco a sorrir, só isso, mas não tenho mais essa visão tão restrita do que é sentir falta, penso na alegria de cada volta e meu peito salta, o céu bem mais honestamente azul, o verde verdejante mais bonito que antes, afim de não sentir tanta melancolia, deixei de contar as horas do dia, leia no meu olhar, não há necessidade de bilhete, sinta a natureza ao redor, leia-me e tenha a certeza...rever-te...
domingo, 15 de abril de 2018
E já sem mais dramas
Águas tranquilas sob a ponte, a calma visão da janela do bus e me pus a olhar, deixando-me perder na paz da lembrança do teu sorriso preguiçoso e na doçura do teu cansaço, no asfalto eu vi estilhaços de antigas tristezas e senti-me grato, estou voltando pra casa como se não estivesse em um transporte, mas planando com imaginárias asas nas costas, nossos cortes de velhas feridas cicatrizando à medida que mais e mais gostas, é noite de sexta, cada vez menos enlouqueço, cada vez mais esqueço dos açoites da solidão sob céus estrelados de beleza em imensidão, pertenço à "não-sei-onde", aos "se's" digo "foda-se!", apaixonadamente grato e forte à contemplar da janela do bus as águas tranquilas sob a ponte...
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