domingo, 15 de abril de 2018

E já sem mais dramas







Águas tranquilas sob a ponte, a calma visão da janela do bus e me pus a olhar, deixando-me perder na paz da lembrança do teu sorriso preguiçoso e na doçura do teu cansaço, no asfalto eu vi estilhaços de antigas tristezas e senti-me grato, estou voltando pra casa como se não estivesse em um transporte, mas planando com imaginárias asas nas costas, nossos cortes de velhas feridas cicatrizando à medida que mais e mais gostas, é noite de sexta, cada vez menos enlouqueço, cada vez mais esqueço dos açoites da solidão sob céus estrelados de beleza em imensidão, pertenço à "não-sei-onde", aos "se's" digo "foda-se!", apaixonadamente grato e forte à contemplar da janela do bus as águas tranquilas sob a ponte...

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