domingo, 22 de abril de 2018

A cada volta tua...








A graça da sensibilidade de enxergar beleza nas coisas gratuitas da cidade, hoje acordei sem, deixei não sei aonde, corpos, corpos longe e só, a visão panorâmica da solidão a pairar sobre nós, distintos distantes, o sabor das cores, o som das flores e esse estranho plano de subtrair sensações, incessantes tentativas de inibir corações, sim, quanto mais se aproxima o sol sobre mim desanima; antigamente doía lembrar, agora melhor entendo saudade, não sinto mais como fosse sucumbir, talvez demore um pouco a sorrir, só isso, mas não tenho mais essa visão tão restrita do que é sentir falta, penso na alegria de cada volta e meu peito salta, o céu bem mais honestamente azul, o verde verdejante mais bonito que antes, afim de não sentir tanta melancolia, deixei de contar as horas do dia, leia no meu olhar, não há necessidade de bilhete, sinta a natureza ao redor, leia-me e tenha a certeza...rever-te...

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