terça-feira, 28 de março de 2017

Controversa beleza







Olá, me nome é "anônimo", sobrenome "platônico",
sonho distante por trás de algum olhar triste mundo
afora, no conforto do teu lar de atenções absurdas,
outra vez não me viste observá-la na janela do lado
de fora, e chovia...tórrida e constantemente, e ainda
assim não me tornava visível, continuava não existindo,
ao passo que te embriagavas de lisonjas e amores falsos,
na paz dessa minha" translucidez", dancei de pés descalços
em poças da chuva da madrugada, ao som da silenciosa
canção da gratidão, maravilhoso era não ter sobre os ombros
o peso da idolatria, agora todo "linda" te feria, à medida que
amadurecias, ah, esses lábios enganosos de meros flertes,
baby, quem na verdade se importaria se amanhã chegasse
teu fim, quem lembraria da primeira vez que te viram sorrir,
quem seria capaz de associar o som da tua voz com a ternura
de um momento, na velocidade do vento morrerias em tantos
pensamentos e a beleza te trai com o passar dos anos, enganos,
teu peito se enche de vazio e medo, uma silhueta na chuva que
adoraria existir pra ti te carrega na memória em segredo...

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