quinta-feira, 16 de março de 2017
Chão do conformismo...
Ah, pobre pedinte alma minha, cadê aquele respeito
e amor próprio que eu tinha?, como dói saber que
eles possuem de sobra o que não tenho nem metade
de sua parte, esperar-te, eu sou um desamparado cão
a ladrar em frente à portas trancadas de estranhos
corações sem disposição, um invisível contra a má sorte
invencível, um avião sumindo na imensa nuvem cinza,
a partida de um navio, agora encaro o vazio através da
janela, vai chover, vai chover, porra, por onde andaria ela,
meu peito carregado de uma infeliz certeza, a tristeza que
é reconhecer estar numa guerra somente pra perder...
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