segunda-feira, 6 de março de 2017

Noites de asfalto





Asfalto à noite, a tranquilidade das águas
escuras do rio sob a ponte simbolizam teu
calmo sorriso em alguma parte da cidade,
distante e inalcançável estou do teu pensar,
entre vazios e veículos, imaginando por onde
andas, juro que vi teu rosto num vaso de flor
na sacada de uma varanda qualquer, depois
 te vi por outros lugares na avenida, querida,
simplicidade é meu maior sonho de consumo,
o que não me acostumo é com teus constantes
sumiços, mas tudo bem, eu sei que meu olhos
de admirar não são como os dos que chamam
o supérfluo de "belo", singelos são meus encantos
envolto na cantiga do vento, as paisagens urbanas
passam por mim na partida do fim-de-semana, noite
de domingo, muitos confundem romantismo com
fanatismos baratos e vãs obsessões, e tudo que eu 
queria eram mãos pra dar numa boa colisão de corações...

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