domingo, 19 de março de 2017

Glamour barato!





Plásticos, sorrisos plásticos,
supostos vencedores, se dizem 
"práticos", vendedores de imagens 
de "inabaláveis" pra tornar os dias 
ainda mais vazios, a água escurece ao 
cair da tarde, no meu penar, lancei-me 
ao mar; daqui eu vejo mãos se dando, 
pessoas tirando suas fotografias de alegrias 
intermináveis, gargalhadas ensurdecedoras,
a lua é uma mãe super protetora de órfãos de 
amor como eu, e numa piscadela, me assegura 
que ela hoje veio cheia pra mim também, amor 
em intenções e esplendor, ignorando classes e  
posses, fortalecendo meu triste ser contra olhares 
tendenciosos, iluminando a areia do aterro, guiando 
os passos de quem nasceu pra errar e quem nasceu 
de um erro, horizonte amarelo, do mar à beira, voltando 
pra casa já ao anoitecer, gratidões à ressaltar, rostos pra 
esquecer, sepultar na mente, infelizmente, mas o mundo é 
tão, tão grande, e é tanta gente que nem dá pra se deter muito 
com quem não nos acrescenta, plásticos, sorrisos plásticos, supostos 
vencedores, entre cores e dores que tive, ah, é mais um dia que meu 
coração se aguenta, sobrevive...

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