sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Pega tua insignificância e anda!
Tive, por diversas vezes eu tive a íris dos olhos mais colorida
do que o costume, versos de boemia, pseudo poesia que meu peito
assume, bem, ao menos assumia, a cada rejeição de canduras, cara,
eu nunca protestava, apenas aceitava a dura vida e sumia; a velha
trouxa de esmolas sentimentais nas costas, um vagabundo amante
de alma rota, deitado ante outra estranha porta, vendo o movimento
das luzes e ouvindo vozes de gente que "vence", mas tendo observado
por anos a fio, toda essa obstinação não impressiona, nem convence
mais, no bolso ao invés de cigarros trazia muitos "ais" de inspirações
arrancadas por tanta gente cheia de si, no meu vazio tantas vezes eu ri,
lembra com serenidade da atenção daquela cadela que brincou na manhã
passada, o coração bem mais cheio com a lealdade daquele animal do que
míseras e meras pessoas exteriormente bonitas, o blues da gaita ao relento,
os trilhos do trem, todo meu amor por desdéns, Fiona Apple me esfaqueia
com canções de azedume na lembrança, estômago vazio e coração deveras
farto de reciprocidade zero, quero, mas preciso abrir mão, sigo a lei, em cada
canto dessa cidade onde não me sentir bem vindo, dali simplesmente parto...
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