quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Intranquilas preces...







Invernal, céu invernal, sou animal inquieto com aquele
gosto amargo de "fim", na mente, triste e insistentemente 
aquela canção do Roberto,"Do fundo do meu coração não
volte nunca mais pra mim"; com ingênua confiança e ao mesmo
tempo medo agarrei a rosa singular com espinhos e tudo até o rio 
sangrento escorrer entre os dedos, sabia dos riscos, doía lembrar
dos discos arranhados, doía pensar na porra do dia dos namorados,
angustiante era a idéia que de uma fonte tão bela não bastasse o
êxtase, lamento, cortante era a frustração de tê-la vez por outra só
em pensamento, mas de tão insistente, com meus próprios pés eu fui
até a beleza pra ser ferido, esquecido, em minhas preces desta noite
não dizia mais "Mora em mim", entre gemidos e susssurros agora só 
imploro para que morras em mim...

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