quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Chuva pra lembrar...
Nuvens de chumbo na escuridão do céu, noite sem luar,
solitárias silhuetas nas janelas dos quartos de apartamentos,
o ar cálido, o trânsito lento e eu era como um anjo pálido com
amnésia à beira do asfalto de quase meia noite, fragmentos de
um rosto me traziam ternura e inquietação, qualquer coisa no
coração indicava que eu estava à espera daquela moça antes de
me "desmemoriar", quanto mais eu ia me perdendo nas curvas
dos teus contornos faciais, tua lembrança voltava e sentia-me
cada vez mais só, e eis que então o céu se comove e chove, e foi
dançando triste e insanamente sob aquele temporal que fiz preces
de bem querer pelo meu lugar ao sol, lembrar que estava gostando,
outra queda, a dor da memória voltando, que merda...
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