sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Seres de sexta...

Rimas de calçada, 
versos do asfalto, 
a inocência das cores 
vivas na face rosada 
e úmida, as lágrimas 
da criança sobre uma 
ave morta na caixinha
de sapato, a beleza de 
uma dor dividida no fim 
da vida e a flor da simplicidade 
sobrevive aos rigores da cidade, 
brota no peito do bonito ser que 
se importa, o concreto, o contraste, 
o cheiro de pizza na avenida, o desespero 
de prazeres e alegrias no fim do dia, os
restaurantes cheios de fantasmas sem cores, 
as pessoas passando através umas das outras 
na solitária noite dos amores medíocres, dívidas, 
dúvidas, um salto para o nada, versos de asfalto, 
rimas de calçada...

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