Rimas de calçada,
versos do asfalto,
a inocência das cores
vivas na face rosada
e úmida, as lágrimas
da criança sobre uma
ave morta na caixinha
de sapato, a beleza de
uma dor dividida no fim
da vida e a flor da simplicidade
sobrevive aos rigores da cidade,
brota no peito do bonito ser que
se importa, o concreto, o contraste,
o cheiro de pizza na avenida, o desespero
de prazeres e alegrias no fim do dia, os
restaurantes cheios de fantasmas sem cores,
as pessoas passando através umas das outras
na solitária noite dos amores medíocres, dívidas,
dúvidas, um salto para o nada, versos de asfalto,
rimas de calçada...
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