Restos de um ramalhete,
o estrago de um coração
de flores pisoteadas, trago
um lenço no bolso, o esboço
de um bilhete de amor pra
nunca ser entregue e mais
nada; o mar suspenso de um
céu de incertezas e brilhantes
estrelas marinhas, o pesadelo
de não tê-la, foste um dia minha?
A psicodelia da minha melancolia
na solidão de um coletivo há poucos
minutos da meia-noite, um bocejo ao
invés de um beijo nos lábios, e talvez
até esteja sendo visto através, me sinto
um fantsma em um estranho ônibus de
pessoas sem rosto em pleno mês de agosto,
sem sorte, cortes, açoites, me sinto como
absinto escorrendo pela goela da bela noite...
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