segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os beija-flores

Calma chuva 
perfumada sobre 
a terra morta do meu
peito maltratado, lares 
desfeitos pelo mundo, 
fim da ternura, sou só
mais um fruto de desventura;
pomares e jardins que um dia
houveram em mim, quanta, mas 
quanta saudade da idade da inocência, 
falta, uma fogueira alta, uma casa abandonada 
incendiando, mas meu socorro está chegando, 
amores vãos se vão e eu fico, ó, paz de espírito,
vinde à mim num exército de beija-flores com água no bico...

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