terça-feira, 30 de maio de 2017
Sorrir, cair em si e sumir...
Clareia ou ao menos clareava, subitamente
a candura dos teus olhos deixou de ser a candeia
que me guiava e fez das minhas noites mais escuras
do que o costume, foi assim num dia frio que deixaste
à mostra o quanto desgosta das coisas mais doces vindas
de mim, tão frágil e fácil que não te atraio, vez por outra
caio no teu esquecimento a cada esquina que dobras, segue
a velha canção, "O céu que te cobre não cobra a luz da manhã",
no silêncio, lembrei da letra e me pus a sorrir infeliz, pensando
seriamente em pintar o nariz e deixar de existir pra ti, mistérios
tais do universo, anseia por amor em seu caminho, mas despreza
meus versos...
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