quarta-feira, 24 de maio de 2017

Não importa o que deixaste pra trás, mas não sabe o que tens pela frente...







Hoje eu sou teu pessimismo, tua feiura, 
sou toda tua doçura se esvaindo, teu lindo  
desapego às coisas materiais que faz de ti 
desinteressante aos olhos do mundo materialista, 
sou aquele céu cinza de uma manhã sem glória, 
aquela canção insistente na tua memória, um coração  
desabrigado após um reles"Obrigado", sou o surto em resposta 
à todas as propostas de amor, sou todo o sarcasmo que há no marasmo, 
hoje eu sou apenas amargor e nada mais, o que não sabes é que amanhã 
eu posso ser a graça de aprender a deixar coisas e pessoas dispensáveis 
para trás, perdoa o rancor, mas é que a tal tristeza me tirou o sono e fez 
do meu peito um lar de abandono, quem se foi, deixou a casa descuidada, 
desprotegida, achou que eu ficaria bem e foi lá curtir sua alegria fingida, 
saiu sem ver os cortes deixados na alma já maltratada, quem me deixou, 
me deixou sem nada...

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