domingo, 23 de abril de 2017

Pagas e pragas da noite rancorosa...






Versos de um amargurado invisível, tempos perversos, 
um dia me chamaste "ameaça", um dia me chamaste
"invasor", já fui até uma silhueta triste ficando pra trás 
no retrovisor da menina super de bem com a vida, do seu
veículo imaginário ela sonhava que transitava por avenidas
de glórias intermináveis, cliques, closes, poses de quem venceu,
mas na tranquilidade do meu pleno "nada", eu tristemente sorria,
assistindo à distância tuas vãs pretensões de perfeição, se achando
perfeitamente sã em seus desesperos diários de atenção, pena que
no vazio de quando ninguém estava olhando, admitia secreta e
penosamente que algo estava faltando, tipo as singularidades das
palavras doces que pensei em te proferir, mas apenas te escrevi,
e a noite então te olhará maliciosamente sem dó com a quebra do
teu sorriso "indestrutível", ao te flagrar na solidão da escuridão
me fazendo voltar à existir, mesmo sem estar ali ao lado, manhã
de domingo, versos de um amargurado invisível...

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