quinta-feira, 6 de abril de 2017
O penar de uma prece
Oi, você, duvidoso prazer, meu nome é rancor,
tudo que é belo e feliz me têm deixado sem cor,
bilhetes, assobios, melodias, ramalhetes, vivo me escondendo,
pois não suporto mais tanto sol, o intenso azul me fere a pele
por dentro, meu reino por um pouco da certeza que há na frieza,
minha insana oração por um fim de semana que seja sem lembrar
que tenho coração, angústias convertidas em astúcias, e daí se seria
a morte do meu "eu" sentimental, foda-se se agora invejo o homem
mal, ah, vida de merda sem dó, dormir sempre foi melhor, outra vez
acordei em meio à uma queda, o dia continuava lindo lá fora e o vazio
não tinha ido embora...
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