quinta-feira, 13 de abril de 2017

Ah, que um dia colidirão!







Já faz algum tempo que o teto da noite
desabou sobre meu pobre florescer, esquecer?
Já tive até demais, peles desperdiçadas, pétalas
despedaçadas sob escombros do meu mundo desolado
sem você ao lado, soterrado, tudo soterrado, ai de mim
que te escrevi e vi meu mais puro sentimento na lixeira
do teu esquecimento, e não há quem se importe realmente
com o choro de um tolo, morrem árvores, crescem jardins
assim, vindo com bem mais força, a terra gira, conspira
o universo para o teu regresso, tímidos dedos em alta velocidade,
mudanças e mais mudanças na arquitetura da cidade, tanto tempo 
até que mãos se dão intencionalmente, palavras soltas e muitas voltas 
depois, finalmente nós dois...

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