Que a tarde more em mim e que tu morras em mim!
Fios dourados,
o brillho intenso da tarde
invade meu quarto fosco,
até parece que não vai mais
chover pelo ano todo, e eu
só queria dormir até morrer,
otário assim, por onde eu posso
cortar caminho para o fim, qual
o melhor atalho?
Me sinto velho e sozinho, eu sou
um menino azul à janela de um ônibus
cinza, esquecido pela garota de sorriso
amarelo, rancorosa, com seus sonhos
cor-de-rosa, e toda sua sentimental frescura,
oh, quão vazia, tal qual a noite, escura e fria...
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