sábado, 1 de junho de 2013

Órfão...






Mãe, me diz por que eu vim,
me sinto um bêbê deixado em
algum jardim cercado de cães,
eu tenho todas as minhas roupas
amassadas, afogando-me em águas
passadas; mãe...eu tenho um olho
roxo e não acho que algum dia voltará
ao normal, eu tenho uma anomalia no
peito que infelizmente me faz sentir tudo
perfeito...perfeitamente mal.
Mãe, esse mês eu fui abandonado outra vez, 
sei, nada disseste nos dias daquela dor antiga
mas eras meu anjo com uma cantiga silenciosa
nos olhos, e eu então chorei, vi, doía mais em ti
do que em mim, eu não sou bonito pro mundo,
mãe, eu caí, que solo tão duro, que muro tão alto,
mãe, quanta falta de colo!


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