sábado, 8 de junho de 2013

Uma flor no telhado


 Imerso no imenso
mar suspenso de solidão
há um menino sentado no telhado;
uma borrão, uma bic, versos que
não saem, lágrimas que não caem,
a rua deserta à vista e nada mais,
cinza, cimento, sentimentos à serem
deixados pra trás, são mais trinta dias
de casa vazia chamada coração, 'té que
a alma seja uma extensão do azul mais
bonito do céu, era um menino feito de papel
transformado em flor de origami, mas com
perfume, e à cada escuridão, um frasco cheínho
de vagalumes...

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