terça-feira, 11 de junho de 2013

12 de junho...

Amanhã é 12 de junho, dia de presente,
dia de gente cerrar os punhos e esmurrar
travesseiros inofensivos, mais do que nunca
amanhã o amor é nocivo; eu só queria poder
ser um peixinho, dormindo o dia inteiro sob
rochas do profundo mar da alma, buscando
calma escondendo-me do mundo...
amanhã eu não desejo disco nem chocolate,
tá bom, um beijo talvez, ah não, eu só quero
ser um cãozinho quietinho, que nem late nem
corre, tudo morre, e eu não preciso do suposto
"amor eterno", imploro apenas pelo fim desse
meu inverno interior, oh, cara, amanhã ela me
encara na escuridão, essa tal de solidão, amanhã
a pôrra daquela moça faz mais falta ainda, e aquela
música maldita me maltrata, jájá são cinco horas de
uma manhã vazia, poesia, rascunho, oh não, 12 de
junho, amanhã...

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