sexta-feira, 24 de maio de 2013

Aos armados, aos mal-amados..

Em diferentes extremidades da cidade:
um cara no topo de um edifício, pensando
o quanto tudo têm sido tão difícil, céu cor
de marfim, e seu único propósito de vida
nesse exato momento depende da força
do vento, e um salto pro fim; do outro lado
da tarde, há um homem alado com os pés
plantados no chão, planejando um assalto,
em uma das mãos a beretta, na outra uma
borboleta que acabara de pousar, cerra o punho,
morreria no mês seguinte, junho, após um ferimento
grave num troca de tiros, suspiros, alguém finalmente
encontrou aquele outro alguém especial após entraves,
e assim segue mais uma historinha, a cidade e suas
diferentes extremidades, concreto, conflitos, um grito,
uma alma desarmada, uma flor nasceu na calçada... 

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