pelos chãos do abandono;
vaguei por um caminho de
folhas caídas e ruas sem saída,
vacilante, um viajante perdido
com um único pedido:"Beleza,
beleza...", incerteza até onde
a vista alcança e clamando calma,
a dança da solidão na escuridão da
alma, caminhando e chorando,
fui chovendo por dentro, sofri, e
chovi muito, mas de cinzendo fui
me ensolarando até que havia em
mim um dia azul, ó, tu, com essa
varinha com um lápis-de-cor na
ponta, o que me conta? Ela tem
cheiro de primavera, ela era uma
flor à beira da estrada que há tanto
tempo trilhei sozinho, às vezes 'té
mesmo sem o vento, e após tantos
anos de negação, e invernos deixados
pra trás, enfim paz, ela é o achado da
minha peregrinação...
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