quarta-feira, 13 de julho de 2016

Invernos sentimentais(Primavera, quem dera)





O inferno de invernos sentimentais,
uma vasta coleção de memórias tolas,
parecia invencível, mas agora sou apenas
invisível, tanto que se emociona ao longo
dos anos e ainda assim nunca funciona;
do outro lado da calçada do mundo alheio
eu vejo um sol suave e sem receio, folhas
coloridas nas árvores, a singeleza das aves,
toda essa paisagem ao redor dos bem aventurados
de coração, risos e palmas, do lado de cá o frio me
açoita a alma como uma espécie de abstinência, a
cidade se traduz em saudade em plena a noite alta,
mas que porra, como eu sinto falta!

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