domingo, 7 de agosto de 2016

O doce exercício que é recordar o que enfim passou...e continuar agradecendo.




Havia uma pista de dança na minha cabeça
cheia de gente movendo-se ao léu num triste
transe, era uma angústia que não me permitia
notar o brilho do sol nem aproveitar a beleza
do céu, era uma dor constante, um vazio a cada
pensamento, um contratempo como uma coleção
de vários exemplares do mesmo livro na estante;
pela estrada melancólica eu dirigi lentamente ao som
da mesma canção irritante, não era possível desligar
o rádio, não me era permitido acelerar nem parar o
veículo e seguir à pé, a fé diminui e o mundo roda,
a meta era sumir, esquecer quem nunca me permitiu
na mente foi bem foda, mas quando dei por mim já era
agora e a imagem dela já não me trazia nenhuma emoção,
podia ouvir qualquer coisa à respeito sem sentir o coração
como um lar desfeito, levantara dentre os escombros da
casa de sentimentos vãos que um dia desabou sobre mim,
havia voltado a tranquilidade da escuridão onde era possível
deitar e dormir sem mais assombros...

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