segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Dai-me uma porra de estrutura!





O dia claro, a alma escura, não é
mera frescura sentimental quando
o peito se sente mal, a melancolia
da imagem da guria me tirou toda
a graça do sol, o ódio mortal que tenho
desses débeis "joguinhos" de amor, e a
minha disposição dia após dia se deteriora,
a moça cada vez mais bonita e a minha saúde
mental piora; não sabia mais distinguir entre
realidade e violentos devaneios, do terraço eu vi
pássaros de aço sobrevoando um céu em tom lilás,
do alto deste prédio de Niemeyer feito de peças de
lego, me pego pensando na estranha moça do Sul,
sempre me aparecia tão carente, mas me esquecia
de repente, e foi na névoa das lembranças esvaídas
que aproveitei pra tocar a vida porque ela não passava
de um desgaste para os meus ossos, linda e corrosiva,
atenciosa quando me distanciava, evasiva sempre que
me declarava, a alma escura, o dia claro, e peço a Deus
todo santo dia um pouco mais de estrutura à espera desse
tal amor raro...

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