sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Devaneios na varanda do mundo





Mãos no queixo e me deixo perder no longínquo universo dela,
reclinado na varanda do mundo, nostálgico como há muito não
tenho estado, cruel por demais é a distância de nossos estados,
mas é que durante todos esses anos aqui não encontrei quem me
visse assim tão por igual como ela me viu em suas noites solitárias
de quarto; indiferente o céu sorri de canto de lábios com a lua minguante
no preciso instante que nossos olhares se encontram no espaço toda vez
que a gente encara o absoluto nada, e a cidade vai perdendo a graça à cada
final de semana, gente, drogas, passeio, nada disso me anima, o clima é de
saudade ao som de "Sol de primavera", me sinto meio morto, e sobre o tão
sonhado dia de buscá-la no aeroporto, ah, quem dera...

Nenhum comentário:

Postar um comentário