segunda-feira, 27 de junho de 2016
Um dia a sorte me sorriu...ironicamente.
Oh, céus, por que o sorriso dela tinha
que ser assim tão, tão admirável, pena,
é apenas mais um dia sem cor ao redor
deste miserável covarde, o meu coração
é uma espelunca visitada na tarde do dia
de são nunca, pela centésima vez o meu melhor
foi reduzido à nada, acho que peguei no sono no
fundo do ônibus, quem dera tivesse sido abduzido,
tragado desse chão de má sorte, da janela ouvi qualquer
coisa sobre esperança, porra, fica cada vez mais difícil
acreditar nisso quando sempre se tem toda doçura transformada
em mera desconfiança, às vezes eu chorava nas minhas preces de
fim de noite enquanto pedia, pedia, pedia, pedia e quando via já era
outro dia, mas depois de tanto apelo, o meu penar de solidão foi então
reconhecido, logo após ter lambido meu cotovelo, eu sou uma criança
de colo abandonada num parque, as nuvens passam, a terra gira e na
graça de Buarque, "Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor
e dou risada do grande amor...MEN-TI-RA!"
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