sexta-feira, 15 de abril de 2016

Órbita de ilusões





Respirando sabe-se lá como,
talvez sonhando outra vez, desolado
entre estrelas e escuridão, dívidas e
desventuras e uma puta saudade do
calor das tuas mãos, olhando para
trás 'indagora quase chora  ao lembrar,
não, eu não pareço com nenhum amigo
seu, eu não tenho um rosto como aquele
nem tanta auto confiança, tudo que carrego
agora comigo é uma trouxa de esperanças
nas costas e um coração cheio de remendos,
quem, cara, quem realmente gosta de gente
de mãos vazias? Estética, paraíso dos escolhidos,
inferno dos rejeitados e foi assim perdido no espaço,
desprovido de olhares de igualdade e abraços que
resolvi voltar, ah como é solitário o retorno para
um lugar aonde ninguém te espera, saiba, morreria
pela tua atenção, nós dois juntos admirando o céu,
deitados sobre um chão de primavera...

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