quinta-feira, 21 de abril de 2016

Déjà vu, Djavan...




Caminho sozinho
ao longo da calçada
à procura de cores emprestadas,
um sorriso de criança, um simples
olhar de igualdade que seja, o mar
beija a areia com toda singeleza, meu
peito implora pela beleza de um amor
inocente, daqueles que ambos dão risada
das meras bobagens do outro só pelo prazer
de se estar perto, eu não espero por coisas tão
docemente lindas por ser menos esperto; desejo
ardentemente ver o vinho voltando à ser água, ver
todas as minhas mágoas convertidas em canduras
que é pra melhor lhe proteger das solidões da cidade,
pouco me importa tua idade, quero te fazer sentir-se
menina no meu colo, ah, que nesse dia eu choro, olha
que céu, meus olhos perdem-se em um profundo azul
de déjà vu, do calçadão eu vejo o último casal na praia
e cantarolo tristonho:"Eu quero ver o  pôr do sol lindo
como ele só", "Lilás" de Djavan, o meu sonho é um dia
ser teu sofá, quiçá teu divã...

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