sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O fantasma dos fins-de-semana passados

Fui um solitário rapper otário,
odiado pela ostentação, em sublime
matrimônio com a frustração; as belas
peles versus tigres tristes dos meus versos,
perdido num mundo de tanta beleza, o feio
se indagava por quê veio, cantava a tristeza,
morreu de incerteza! Nos últimos anos tenho
vagado nas horas vazias de quem me esquecia,
uma má lembrança, o terror de todo fingimento,
hoje em dia sou apenas constrangimento, o brilho
 trágico do meu olhar nostálgico nas alturas do céu
da tua boca, te deixas louca a amarga recordação de
mim na programação infantil da TV Cultura, à cada
desprezo teu e à cada fim de dias ali estarei afim de 
sempre te trazer à tona os doces que te dediquei, meu
rosto entre teus restos, nas memórias mais insignificantes,
eu vou irromper tua madrugada por alguns instantes,
berrar na tua mente minhas antigas intenções, eu sou 
uma música chata e insistente, sou teu único amor inexistente!

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