sábado, 12 de janeiro de 2013

Varanda do tempo...


A terra é a varanda do universo em meus
versos, jogo de ciranda, o mundo ao redor da vida,
e as nuvens passam no céu na velocidade de um
carrossel, e assim vão-se os anos. A moça bonita
faz planos até o fim da primavera, enquanto esquece
quem a venera, mas com a chegada do inverno, o inferno
da alma, esvai a calma, e também o tolo amante, questão
de instantes, e o menino bobo virou lobo; cansado de dores,
pisou nas flores, rasgou as cartas, comeu os doces, "o raio
que a parta!", bradou do fundo do ego, esqueceu do papo-furado
de "amor cego", incontáveis noites de pranto, e era uma vez encanto,
nunca mais foi visto por ela, jogo de ciranda, e muitos anos passados,
ele ainda é lembrado na janela da varanda...

Um comentário:

  1. Tá bom de escrever um livro, fazer uma coletânea destas publicações.
    De repente com esta mesma estética, com gravuras e vírgulas.
    E aí?

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