domingo, 20 de janeiro de 2013

Tinha que ser a bonitinha


Tinha que ser
a bonitinha, um sinismo
admirável,  extenuou o
tédio na vida do miserável
sujeito no parapeito daquele
prédio, no décimo andar de
um dia péssimo, e prestes à
voar com asas da cor das nuvens,
e feitas de chumbo, presente ao
menino carente, mais a insanidade,
e após mais um que se vai, hoje à
noite ela sai da cidade, um revólver
sem bala, e uma coleção de corações
partidos na mala, mas um dia há de se
deparar com o quarto escuro da alma,
haverá de pagar com juros, e bem-feito,
maldita moça bonita de sinismo admirável,
quer dizer, bonitinha, como tinha que ser...

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