sábado, 5 de janeiro de 2013

Bem ali, na esquina da curva da chuva...




Não bastasse a solidão,
é noite e chove; comove-me
a triste música chata vinda
do vizinho, sinto-me um tanto
estranho, do tamanho do teu
dedo mindinho, entre desdéns
da sorte, e nuvens pra escondê-las,
as estrelas, sou uma criança em
meio ao abandono, mas te sigo, pois
não consigo nem ser meu próprio
dono, tenho que ir pra rua, mesmo
sem esperança de poder ver a lua,
quase sem chance de ainda poder
te ver, espero que tu não saia da tua
cama de pudim, sim, eu vi a tristeza
vagando pela praia, à procura de
pedrinhas pra atirar no mar, tanta
água, e sou uma reles bolha, quero
uma folha pra atravessar essa poça
na tua calçada, que pra mim é como
um rio, vida torta, mas sorrio mesmo
não conseguindo chegar até tua porta...

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