
Jogando conversa
fora enquanto tomava
um café na casa do meu
amigo marimbondo, as
palavras do moribundo
introvertido, sobre algo
que deveria ter dito em
vida, mas fui-me tão rápido,
sem tempo pra despedidas,
e como todo menino tímido
que se preza, 'sacumé, né...
meu bom amigo, não me
leve à mal, mas ela era um
tanto artificial, como os néons
da rua principal, e tudo que eu
queria era uma luz natural, tipo
a luz da lua; fazia muito calor no
meu peito, e ela parecia cair-me
como uma "luva", veio como água
de chuveiro, quando na verdade
desejei de coração um banhozinho
de chuva, pôrra, a beleza da guria
não valia à pena, chega de tantas
máscaras, cansei de procurar amor
nas entrelinhas, entre aspas, não
falava palavrão, escova os dentes
direitinho e dormia cedo, mas de tão
bom rapaz, e de tanto medo que tive,
de que adiantou, olha aí, morri...
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