sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Acontece que o céu se comove aí chove...
Ilhado estive, declive do coqueiro
solitário, ninguém perguntava, ninguém
se importava com um louco desaparecido
há quase 15 minutos, um náufrago esquecido,
e nem sinal de mim desde que me perdi em ti,
era eu o vazio de uma vaga lembrança, uma pálida
criança perambulando no macio da tua pele, ali sem
dormir, atordoado sem conseguir ficar acordado direito;
ante os enganos que tornam à memória em dias de chuva,
entre o oceano e o céu cinza invento um mar revolto quando
lembro do teu cabelo solto ao vento, tempão mesmo que não
nos vemos, né, ambos ainda sem ceder, mas saiba, continuo
tentando te vencer, sendo mais idiota do que você...
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Efeito Charlie(Eu tava quase lá)
Ah, esses cruéis fins-de-noite sob a luz da televisão
sem previsão de quando voltarei à ver-te, lá no alto
as estrelas enfeitam a escuridão e aqui embaixo o interminável
flerte da solidão para com a minha pobre pessoa em mais um
dia perfeitamente propício ao tédio, um aviãozinho de papel ofício
planou de alguma janela do prédio e eu nem sei quem atirou;
sunshine underline, o pôr-do-sol se foi outra vez e eu fui pra casa
só, não canso de pensar nela das formas mais singelas, sentada
no balanço, brincando na gangorra, vadia, espero que morra,
mentira, eu é que quero morrer, muita falta, as frustrações pelas
madrugadas de certos internautas, tanta doçura que a alma deste
amante sem noção geme, mais de três anos, continuo infeliz, será
que ainda lembras daquela última canção da Elis que te passei por
msn?!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Estive à(Sente) mentalizar você...
Papel de parede em tom pastel,
o céu mais perfeitamente estrelado
visto da janela do quarto, mentes que
mentem sobre quem há muito está do
lado, lá fora o povo sem dar bola se
diverte, as noites de sábado mal dormidas
de filmes, músicas, comidas não saudáveis
e internet porque, afinal de contas, nem toda
menina adolescente é referencial de luxúria,
fúria e frustração em olhares outrora cândidos,
sonhos imperfeitos de pares desfeitos, a incessante
e incansável busca pelo amor onde possivelmente
tenha, devaneios de algo belo que ainda não veio
e talvez nunca venha, pessoas bonitas que esperamos,
pessoas bonitas que nos deparamos na vida, mas só até
aonde a vista alcança, expectatitva, desilusão e depois de
tudo, solitário e mudo o coração descansa...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Amor à tinta guache e lápis de cor
Veja a chuva que no céu troveja,
passos lentos nas poças, quis porque
quis ir lá fora, pouco importa, o raio
que me parta, antigas cartas que relia
com calma, menina, pra onde você teria
ido, cê nem imaginaria que a minha alma
agora é uma casa de melancolia; silêncio por
questão de instantes, automóveis com seus
devidos vultos ao volante, da janela entreaberta
eu vi uma manhã caótica, há muito, muito tempo
que o amor só me vem como mera ilusão de ótica,
por diversas vezes, naquelas horas de desgosto pensei
naquela moça ainda sem rosto que meu peito idealiza,
a garota imaginária que um dia me encherá de atenções
e entendimentos, por ela eu mudei o ringtone do meu
telefone para "Aquarela" de Toquinho, Deus, como eu
sou sozinho, imaginando alguém que talvez nunca conheça,
e se acontecer, certa e rapidamente me esqueça, planos, planos,
planos que não faço, nem faço parte, acho que meu destino é
ser aquele "loser" que parte sem ninguém nos finais dos filmes,
Lucy ali no céu com os diamantes, e eu nasci pra ser um mísero
coadjuvante...
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Clube dos deixados na velha merda
Tempo ao tempo, para deixar pra trás toda e
qualquer memória ruim, pra driblar os contratempos
das sequelas de cada fim; oh admirável fôlego de vida,
uma silhueta me observa e isso me inquieta enquanto vejo
gente através das vitrines tendo bastante, volto à sentir-me
dispensável, o que era sentido de viver agora não passa de
incômodo, existe um pequeno cômodo nas noites de sexta
onde os bestas sem ninguém se reúnem para ser miseráveis
em paz, amigos de mágoas na companhia da velha aliada chamada
solidão, não há sorte, nem figa, só um pendrive de oito gigas pra fazer
a trilha sonora da desesperança, um computador de monitor "tubão",
e se cá estamos, fodidos unidos, nada como o melhor sorriso dela como
proteção de tela, pôrra, cada vez que eu olho, me acabo, aqui dentro tá
chovendo demais, a tristeza escorre pelo chão da estúpida cidade festiva,
mas o céu lá fora tá simplesmente bárbaro!
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Aquela que te faz dar meia volta, aquela que faz querer viver bem mais
Pois é, aquele ali sou eu em frente ao espelho
com cara de poucos amores, na falta de grana
para novas tatuagens compenso com outras dores,
o vazio invade e eu começo à achar graça, cortes
de barbeador, sob o chuveiro minha cabeça arde...
massa! Uma caixinha cheínha de desdéns, débil
timidez, outra vez a alegria dos olhos morre ao
lembrar daquela blusa escrita "I'm Not Sorry",
um dia uma menina me disse que era até bonito,
já a outra lá chamou meu coração de "espelunca",
pensei com carinho naquela moça com a baby-look
do Canto dos Malditos na Terra do Nunca, me fez
lembrar do cheiro de orvalho, tinha cara de chata
pra caralho, mas descobri à duras penas que ela não
era apenas uma garota bonita idiota, quem dera fosse,
não, ela era simplesmente um doce de pessoa, gente boa
demais no seu jeito estranho de ser, tão nova e com ares
de vivida, do tipo que a gente se atreve à chamar "Mulher
da vida", saca, um riso fácil, bem frágil no abraço, oh, Deus,
sei mais o que eu faço não, quando ela estava quase pra ser
minha...acabou minha imaginação.
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