sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Clube dos deixados na velha merda






Tempo ao tempo, para deixar pra trás toda e
qualquer memória ruim, pra driblar os contratempos
das sequelas de cada fim; oh admirável fôlego de vida,
uma silhueta me observa e isso me inquieta enquanto vejo
gente através das vitrines tendo bastante, volto à sentir-me
dispensável, o que era sentido de viver agora não passa de
incômodo, existe um pequeno cômodo nas noites de sexta
onde os bestas sem ninguém se reúnem para ser miseráveis
em paz, amigos de mágoas na companhia da velha aliada chamada
solidão, não há sorte, nem figa, só um pendrive de oito gigas pra fazer
a trilha sonora da desesperança, um computador de monitor "tubão",
e se cá estamos, fodidos unidos, nada como o melhor sorriso dela como
proteção de tela, pôrra, cada vez que eu olho, me acabo, aqui dentro tá
chovendo demais, a tristeza escorre pelo chão da estúpida cidade festiva,
mas o céu lá fora tá simplesmente bárbaro!

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