sábado, 18 de abril de 2020

Felizmente frio...



Dançou e sorriu em par com  o orvalho, ele, o verde, vede as gotas entre as folhas e a solidão por única escolha, lamento, isolamento, dobrei a esquina e me deparei com uma vida inóspita e frágil, saudades nas janelas e vitrines, eu sou um rosto do passado, um fragmento de filme, o estranho sob a chuva da manhã cinza assobiando em meio à umidade, ninguém mais pra pensar estupidamente além da conta, hoje não há esperas na cidade, cá sobrevivendo e segurando as pontas, não, porra, eu não desisti do amor, frio, felizmente frio e não menos disposto ao vindouro calor...

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